Prefeito de Poços de Caldas diz que vai manter reajuste proposto de 5% a servidores após início de greve


Categoria reivindica reajuste salarial de 11,88% e aumento no vale-alimentação de R$ 700 para R$ 1.000. O prefeito de Poços de Caldas (MG), Paulo Ney (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (5) que não vai alterar a proposta feita de reajuste salarial de 5% e aumento no vale-alimentação de R$ 700 para R$ 770. Parte dos servidores entraram em greve pela manhã.
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A categoria reivindica reajuste salarial de 11,88% e aumento no vale-alimentação de R$ 700 para R$ 1.000. Serviços das áreas de educação e saúde já estão sendo afetados.
Em entrevista coletiva à imprensa durante a tarde, o prefeito afirmou que atualmente o município já gasta 50,87% da receita com despesa de pessoal. Pela proposta do Sindicato dos Servidores, esse percentual subiria para 56,91%, o que, segundo ele, fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Prefeito de Poços de Caldas diz que vai manter reajuste proposto de 5% a servidores mesmo com greve
João Daniel Alves/EPTV
Ainda conforme a prefeitura, com o aumento proposto, de 5%, o percentual de gastos subiria para 53,04%, acima do limite prudencial recomendado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Conforme a prefeitura, a lei permite que os municípios gastem no máximo 60% com pessoal, sendo 6% com Legislativo e 54% com o Executivo.
Ainda de acordo com o prefeito, o impacto nas contas públicas caso o aumento proposto pela prefeitura seja aceito será de R$ 32,9 milhões por ano. Se o aumento proposto pelo sindicato fosse acatado, o impacto chegaria a R$ 88,7 milhões por ano.
O prefeito afirmou ainda durante a entrevista, que a adesão ao movimento de grave é baixa, com cerca de 300 dos mais de 6 mil servidores da prefeitura. Ele afirmou ainda que os dias em que os servidores não trabalharem serão descontados.
Prefeito de Poços de Caldas diz que vai manter reajuste proposto de 5% a servidores mesmo com greve
João Daniel Alves/EPTV
Servidores em greve
Parte dos servidores municipais de Poços de Caldas entraram em greve, nesta quarta-feira (5). A paralisação sem tempo definido foi decidida em assembleia realizada em 27 de fevereiro. A decisão foi tomada após reunião entre o Sindicato dos Servidores Públicos de Poços de Caldas (Sindserv) e a administração sobre o reajuste salarial e do vale-alimentação.
Segundo o sindicato, os servidores pleiteam um reajuste salarial de 11,8% e aumento no vale-alimentação de R$ 700 para R$ 1.000, mas a primeira proposta da administração foi de aumento de 4,56% no salário e R$ 731 de vale-alimentação.
Com a rejeição da proposta, a prefeitura atualizou os reajustes para 5% no salário e R$ 770 de vale-alimentação, mas segundo o Sindserv, a administração municipal queria revogar algumas cláusulas do Acordo Coletivo que estão vigentes há vários anos e, a assembleia rejeitou a proposta e optou pelo início da greve.
Servidores municipais iniciam greve em Poços de Caldas
Marcelo Rodrigues/EPTV
Poços de Caldas tem 6.272 servidores. O sindicato ainda não tem contabilizado quantos já aderiram ao movimento, mas informou que cerca de 40 unidades – entre escolas, creches e postos de saúde – tiveram alguma alteração nos atendimentos.
Algumas creches estão atendendo em horário reduzido e algumas unidades de saúde estão com o quadro de funcionários desfalcados.
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