Inquérito policial conclui que idosa encontrada morta em banheira foi vítima de latrocínio em MG


Corpo de Vera Lúcia Ribeiro Gomes, de 71 anos, foi encontrado em maio em Itajubá. Segundo a PCMG, suspeito era líder de acólitos em uma instituição religiosa e permanece preso. Polícia Civil de Itajubá conclui investigações sobre idosa encontrada morta
A Polícia Civil concluiu o inquérito policial que investigava a morte de uma idosa encontrada na banheira de um apartamento, em Itajubá (MG), em maio deste ano. De acordo com as investigações, ela foi vítima de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Segundo a polícia, o suspeito foi indiciado pelos crimes de roubo seguido de morte e fraude processual.
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Vera Lúcia Ribeiro Gomes, de 71 anos, foi encontrada no dia 12 de maio com uma ferida no braço e manchas na face. Conforme a Polícia Civil, o laudo da morte apontou asfixia.
Segundo o registro policial, o fogão da cozinha do imóvel estava com o fogo aceso e havia uma panela com conteúdo queimado dentro. A cena foi relatada pela irmã da mulher e também pelo Corpo de Bombeiros, acionado para abrir a porta do local e checar a residência.
Inquérito policial conclui que idosa encontrada morta em banheira foi vítima de latrocínio em Itajubá, MG
Reprodução / Polícia Civil de Itajubá
Ainda de acordo com o registro, a vítima tentava negociar a venda do próprio carro. O porteiro do prédio informou que, na noite anterior, uma pessoa teria ido até o apartamento entre 22h50 e 23h30, e depois saiu carregando uma estátua de santo.
A polícia apontou ainda que joias, relógios e cartões bancários também foram levados, além da imagem religiosa.
O caso foi investigado em sigilo. Conforme a Polícia Civil, as investigações apontaram um suspeito, de 23 anos, que foi preso temporariamente no dia 29 de maio. Ao longo do inquérito houve a prorrogação da prisão. Agora, com a conclusão, foi feito o pedido de prisão preventiva dele.
O homem foi indiciado por crime de latrocínio e fraude processual; ele permanece preso à disposição da Justiça.
Delegacia da Polícia Civil em Itajubá (MG)
Divulgação/Polícia Civil
Investigações
As investigações apontaram que vítima e suspeito se conheceram por meio de uma instituição religiosa. Segundo a polícia, o homem teria aproveitado da condição de líder de acólitos para estabelecer laços com a idosa que trabalhava no mesmo local.
O plano foi arquitetado pelo homem dias antes do crime e, conforme a polícia, a intenção era subtrair o carro que ela pretendia vender. O investigado havia aproveitado que a idosa queria vender um veículo e foi até o apartamento dela alegando conhecer um possível comprador.
Vera Lúcia foi vista pela última vez no dia 10 de maio após chegar no apartamento dela. Na mesma noite, o homem esteve no local, onde a golpeou e a asfixiou na banheira.
“Ele montou uma cena de crime. Ele limpou e fez a assepsia de todo ambiente. Simulou inclusive com o porteiro do imóvel, que foi presenteado com imagem religiosa por parte da vítima, de forma a não despertar nenhum tipo de suspeita”, informou o delegado Mario Roberto Rodrigues.
Conforme a Polícia Civil, o suspeito esteve no sepultamento da vítima. Dias depois, com uma falsa “sensação de impunidade”, ele fez compras e usou os cartões da vítima para pedir comida via aplicativo. O suspeito chegou a voltar ao imóvel para levar o veículo, mas foi impedido pelo porteiro e acabou preso.
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