Ex de jovem acreana morta queimada vai a júri popular por feminicídio no interior do MT


Djavanderson Oliveira Araujo, de 20 anos, é o principal suspeito da morte de Juliana Valdivino Silva, de 18 anos, no município de Paranatinga. A vítima teve 90% do corpo queimado após ir à casa do ex-namorado e morreu após 16 dias internada em Cuiabá. Julgamento está previsto para iniciar na quarta-feira (29). Djavanderson de Oliveira Araújo está preso desde o dia 16 de setembro
Arquivo pessoal
O jovem Djavanderson Oliveira Araujo, de 20 anos, ex-namorado e principal suspeito pela morte da acreana Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, vai a júri popular a partir desta quarta-feira (29), no município de Paranatinga, no interior do Mato Grosso. O crime ocorreu em setembro do ano passado, quando ela teve 90% do corpo queimado.
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A expectativa da família da jovem era de que a Justiça do Mato Grosso iniciasse o julgamento na tarde desta sexta-feira (24), na véspera do que seria o aniversário de 19 anos da vítima. Porém, a sessão precisou ser adiada por conta dos alagamentos enfrentados pelo município devido a fortes chuvas na região.
Rosicléia Magalhães, mãe de Juliana, acompanhará o júri online em Rio Branco. A família espera que Djavanderson seja condenado.
“Que haja condenação, em virtude de todo o conteúdo probatório que consta nos autos, desde a perícia, aos relatos, as mensagens, a premeditação, comprovada, baseada no depoimento também do frentista, que o reconheceu horas antes do crime”, afirmou a advogada Elenira Mendes, assistente de acusação e representante da família.
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O g1 tentou contato com a defesa de Djavanderson, mas não conseguiu retorno até a última atualização desta reportagem.
Conforme a polícia, Juliana foi atacada pelo ex na noite do dia 9 de setembro quando foi até a casa dele. Segundo o delegado Gabriel Conrado Souza, foi apurado que no dia do crime Djavanderson foi até um posto de combustível da cidade e comprou R$ 13 de álcool. Mais tarde, ele atraiu a jovem até a sua casa, no bairro Jardim Ipê, onde jogou o líquido na jovem, a incendiou, e também acabou se ferindo.
O suspeito foi preso 7 dias após o crime, e também precisou ficar internado. À polícia, ele disse que havia, na verdade, tentado suicídio, e o alcool acabou caindo na jovem.
Dor e luta
Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos.
Reprodução
No dia 9 de setembro, Djavanderson criou uma narrativa para atrair a jovem até sua casa. Juliana não sabia, mas ele comprou 12 litros de álcool em um posto de combustíveis e esperou que ela chegasse ao local. Na residência, ele jogou o líquido sobre a garota e ateou fogo. Ele também acabou se ferindo, e foi internado no mesmo hospital, onde ficou acompanhado por policiais.
Agora, enquanto espera pela devida punição para o caso, Rosicléia diz que não quer que o caso seja esquecido. O objetivo da mãe é que casos de feminicídio no país sejam discutidos e, assim, combatidos.
“É uma coisa muito grave. É um dos crimes que tem acontecido no Brasil muito grave. E eu não quero que aconteça com outras pessoas, por mais que aconteça, a gente trabalha pra que não aconteça, a gente luta. E eu quero que esse caso da Juliana seja divulgado sempre que puder, pra que não seja esquecido. Eu quero estar lá no dia do julgamento, presente, se Deus quiser”, finalizou.
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