Avenida Almirante Barroso, em Belém, tem trânsito interditado nesta terça-feira, 28, ‘por medidas de segurança’; entenda


A interdição, segundo o governo do estado, seria para evitar conflitos durante reunião entre lideranças indígenas e o governo do estado, para que negociações sejam feitas diante da ocupação da Seduc, que já dura 15 dias. Avenida Almirante Barroso, em Belém, é interditada nesta terça-feira (28).
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A avenida Almirante Barroso, via importante de acesso localizada em Belém, está interditada pela Polícia Militar na tarde desta terça-feira (28).
A interdição, chamada de “medida de segurança” pelo governo do estado, é para evitar conflitos durante reunião marcada entre lideranças indígenas, a ministra Sonia Guajajara, representantes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e o governador do Pará Hélder Barbalho, a ser realizada ainda nesta terça no Palácio dos Despachos.
Os policiais e agentes de trânsito interditaram as duas vias, no perímetro da travessa Lomas Valentina até a avenida Júlio César. Já no sentido São Brás, o bloqueio é da avenida Júlio César até a Doutor Freitas.
A interdição, segundo nota oficial do governo do Pará, “tem como objetivo preservar a integridade de servidores, manifestantes e do patrimônio público, além de assegurar a ordem e a tranquilidade no local, considerando os atos de vandalismo que ocorreram nas dependências da SEDUC e da SEFA”.
O encontro, marcado para a tarde e adiada para às 18h a pedido do próprio governador, visa pautar negociações na tentativa de dar fim à ocupação indígena na Seduc, que já dura cerca de duas semanas, com lideranças de ao menos 14 etnias.
Na última segunda-feira (27), a ministra Sonia Guajajara esteve na Secretaria de Educação do Pará, a pedido dos acampados, na tentativa de articular a reunião em questão.
No momento, segundo representantes do movimento, três ônibus lotados estão a caminho do Palácio dos Despachos, porém apenas 40 poderão entrar no local para conversar diretamente com Helder Barbalho.
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Ocupação da Seduc já dura 15 dias
Indígenas de diferentes regiões do Pará ocupam a sede da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), na Avenida Augusto Montenegro, em Belém (PA), nesta terça-feira, 14 de janeiro de 2025.
Raimundo Paccó/Estadão Conteúdo
Cerca de 500 pessoas de diversas etnias estão ocupando a sede da Seduc desde o último dia 14. Os manifestantes pedem a revogação da lei nº 10.820/2024, que altera o Sistema Modular de Ensino (Some), inclusive o sistema aplicado nas comunidades tradicionais, o Somei; e também a exoneração do secretário de Educação do Pará, Rossieli Soares.
De acordo com os indígenas, as mudanças no sistemas fariam com que aulas sejam à distância ou em áreas urbanas, longe das aldeias – o que prejudicaria o ensino e aprendizado.
Por outro lado, o governo do estado diz que as aulas presenciais serão mantidas nas comunidades indígenas, mesmo com as mudanças no sistema.
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