Velejador do Canadá é resgatado após dois dias à deriva na costa do Maranhão

Dean Charles Swift contava com pouca água e apenas uma lata de feijão como mantimento. Canadense, de 80 anos, perde controle de embarcação e fica à deriva na Costa Maranhense
Um velejador canadense de 80 anos, identificado como Dean Charles Swift, foi resgatado após passar dois dias à deriva nas águas próximas ao Porto do Itaqui, no Maranhão.
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Dean, que havia partido de Cabo Verde com destino a Recife, em Pernambuco, teve que mudar sua rota devido a problemas estruturais em sua embarcação, resultantes de uma tempestade, e acabou perdendo o contato com o controle marítimo.
“Não podíamos usar as velas e tinha acabado o combustível do motor,” relatou Dean.
Vídeos (veja acima) mostram o momento em que o barco à deriva foi finalmente rebocado por funcionários do porto, em São Luís. Após o resgate, foi constatado que os cabos de aço das velas – que não eram trocados há quase 30 anos -, se soltaram, resultando na perda de controle da embarcação.
A viagem à Recife, que se estendeu por quase um mês, foi a mais longa de Dean, que costuma aproveitar a temporada de inverno na América do Norte para navegar pelo mundo. Ao ser questionado sobre o medo que sentiu durante os dias à deriva, Dean afirmou:
“Eu tenho confiança no meu barco e sabia que, contanto que não batêssemos em nada, o barco estaria seguro. A questão era ‘temos água suficiente?’ e ‘temos combustível suficiente para chegar em algum lugar?’”
Após o resgate, Dean tinha apenas uma lata de feijão e quatro pequenas garrafas de água, e agradeceu bastante ao ser encontrado. “Oh, eu disse ‘obrigado, meu Deus’,”
A Marinha do Brasil está acompanhando o caso para regularizar a situação da embarcação estrangeira. O veleiro permanecerá em São Luís até novembro, enquanto Dean planeja retornar ao Canadá na próxima semana.
Dean pretende voltar à capital maranhense em 10 meses para continuar sua jornada pela costa brasileira, com um objetivo audacioso: chegar à Ásia.
“Eu amo o oceano. Não gosto dos momentos difíceis, é desconfortável e você não consegue dormir. Mas quando o tempo está bom, o céu limpo… é uma paz, uma calma e eu sinto que conquistei algo. Construindo esse barco e trazendo-o para tão longe, eu fiz o que queria fazer,” concluiu o velejador.
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