Sete pessoas são condenadas por homicídio em Balsas; crimes foram motivados por roubo de drogas, ciúmes, rixa de infância e ameaça


As sessões doTribunal do Júri, realizadas nos dias 17, 18, 19 e 20 de fevereiro, foram presididas pelo juiz Lucas Alves Silva Caland. Tribunal do Júri de Balsas condena sete pessoas por homicídio; crimes foram motivados por roubo de drogas, ciúmes, rixa de infância e ameaça
Divulgação/CGJ-MA
Nos dias 17, 18, 19 e 20 de fevereiro, o Tribunal do Júri da 4ª Vara da Comarca de Balsas realizou sessões condenando sete denunciados por homicídios qualificados, em quatro ações penais envolvendo crimes contra a vida. As sessões, que foram presididas pelo juiz Lucas Alves Silva Caland.
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Roubo de drogas
Na última sessão, realizada no dia 20 fevereiro, Maria das Dores Brandão Lopes, conhecida como “Mara”, José Roberto Alves de Oliveira, conhecido como “Baiano” e Antônio Noleto de Araújo, conhecido como “Buriti”, foram condenados por homicídio qualificado.
Consta no inquérito policial que o crime aconteceu na noite de 23 de fevereiro de 2023, por volta das 23h, em frente a uma oficina de conserto de lonas de carretas, no bairro Santo Amaro, em Balsas.
José Roberto e Antônio Noleto teriam assassinado Willamark de Sousa, conhecido como “Cantor”, com 23 golpes de tesoura. A morte de Willamark teria sido encomendada por Maria das Dores, pelo valor R$ 4 mil, porque a vítima teria furtado cerca de R$ 2 mil da “boca de fumo” comandada por ela.
Maria das Dores foi condenada a 16 anos de reclusão; José Roberto Alves de Oliveira, a 13 anos e 4 meses e Antônio Noleto de Araújo, a 18 anos.
O juiz Lucas Alves negou o direito dos condenados de apelarem da sentença em liberdade e determinou a execução imediata da pena e o encaminhamento dos condenados para a penitenciária.
Ciúmes
Na sessão realizada em 19 de fevereiro, o pedreiro Mozaniel Barros Barbosa, natural de Goiatins (TO), foi condenado por homicídio qualificado contra Antônio Souza de Almeida.
O crime aconteceu na noite de 21 de março de 2023, por volta das 23h, em uma festa na localidade Brejo de Cima, zona rural de Balsas.
Segundo o inquérito policial, na saída da festa, Mozaniel, motivado por ciúmes de uma mulher e fazendo uso de uma faca, deu sete golpes em Antônio. Sem qualquer chance de defesa, a vítima acabou morrendo.
O juiz estabeleceu a pena de 13 anos e quatro meses de reclusão, pelo crime de homicídio qualificado, e determinou o imediato cumprimento da pena fixada em sentença, encaminhando o condenado ao presídio.
Rixa de infância
No julgamento realizado em 18 de fevereiro, Francisco de Assis Paulo Folha, conhecido como “Chico Paca”, foi condenado pela morte de um homem.
O crime aconteceu por volta das 22h do dia 19 de dezembro de 2023. A vítima estava na porta de casa quando Francisco chegou em uma moto e pediu um isqueiro. 
Quando percebeu que o homem tinha uma faca, a vítima começou a correr, mas tropeçou e recebeu um golpe na barriga. O motivo do crime seria uma antiga rixa de infância com o réu.
Por esse crime, Francisco de Assis foi condenado a 12 anos de reclusão; mas, por possuir outra condenação, em 13 de fevereiro de 2025, a 4 anos de reclusão, o réu cumprirá 16 anos de reclusão imediata.
Ameaça de expor homossexualidade
O primeiro julgamento ocorreu em 17 de fevereiro, sendo que Thalysson dos Santos Silva Ferreira, conhecido como “Pipi”, e José Carlos Carvalho da Silva Filho, auxiliar de serviços gerais, natural de Imperatriz, foram condenados por homicídio qualificado contra Gutemberg de Castro Silva Paz, de 20 anos.
Segundo o inquérito policial, na manhã de 13 de março de 2022, em uma casa na rua 13, no bairro Manoel Novo, em Balsas, Thalysson e José Carlos, de comum acordo, efetuaram um disparo de arma de fogo contra a cabeça de Gutemberg. Segundo a polícia, Thalysson havia tido um relacionamento homossexual com a vítima no passado e estaria sendo ameaçado por Gutemberg de ter sua homossexualidade exposta.
Depois de matar Gutemberg, a dupla arrancou os olhos da vítima e a enrolou em um  lençol e  jogou o corpo em uma estrada na zona rural, na entrada de Balsas.
Os homens ainda tentaram fingir um suicídio, enviando mensagem para a família da vítima, mandando apagar as imagens do sistema de monitoramento e limpando o local do crime.
Thalysson, que já tem duas condenações pela Justiça, foi condenado a 21 anos e oito meses de reclusão e um ano e oito meses de detenção. José Carlos pegou 19 anos e seis meses de reclusão.
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