VÍDEOS: Grupo acusa policiais de truculência durante confusão em bar no AC; associação repudia e PM nega


De acordo com a Polícia Militar, estabelecimento tinha público acima do permitido e clientes receberem ordens da PM para dispersar do local no último domingo (2). Imagens mostram que, após se recusarem a sair, eles foram atingidos por gás de pimenta e até golpes de cassetete. Grupo acusa PMs de truculência durante confusão em bar de Rio Branco
Um grupo que acompanhava uma transmissão da cerimônia do Oscar em um bar de Rio Branco, no último domingo (2), acusa policiais militares de truculência durante uma confusão no local, que fica no bairro Tucumã, próximo à região onde ocorria o Bloco Vai Quem Quer. (Veja vídeos acima)
Por meio de nota, a Polícia Militar (PM-AC) nega as agressões. (Confira posicionamento completo mais abaixo)
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Os vídeos mostram discussões e momentos de tensão entre os frequentadores e a tropa que foi até o local. Em um dos vídeos, um PM atingiu um dos participantes com o cassetete. Já em outra gravação, um grupo afirmou ter sido atingido por gás de pimenta.
Após as imagens serem divulgadas em redes sociais, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Acre (Abracre) divulgou uma nota em repúdio à ação policial, que classificou como truculenta. De acordo com a associação, a abordagem foi desproporcional e agressiva, o que gerou medo e insegurança entre os presentes. (Confira a íntegra da nota após este texto)
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A nota também exige apuração das autoridades e medidas para que casos semelhantes não voltem a ocorrer.
“Os estabelecimentos comerciais, especialmente bares e restaurantes, são espaços de convivência social e geração de empregos, sendo fundamentais para a economia local. Qualquer ação policial deve ocorrer dentro dos princípios da legalidade, da proporcionalidade e do respeito ao cidadão”, acrescenta.
PM nega truculência
PM nega truculência após vídeo mostrar agentes dando golpes de cassetete durante abordagem
Reprodução
A PM também divulgou nota na qual nega qualquer agressão, e afirma que a atuação das guarnições no fechamento de estabelecimentos é prevista em portaria. “O local, que possuía permissão para eventos apenas na Rua Ocidente e capacidade máxima de 100 pessoas, estava superlotado com cerca de 300 pessoas em seu interior e aproximadamente 600 no entorno”, argumenta o texto.
Ainda conforme a corporação, foi constatada a obstrução total da Avenida Noroeste, próxima ao bar, e onde também foi organizado o bloco Vai Quem Quer, na tarde daquele dia.
De acordo com a PM, a via estava bloqueada por foliões consumindo bebidas alcoólicas em mesas e cadeiras além do horário permitido, com a comercialização e fornecimento de bebidas em garrafas de vidro, o que, segundo a polícia, representava risco à segurança e contra a regulamentação.
Por conta dessas supostas irregularidades, a PM determinou o fechamento do local e a dispersão da multidão.
“No mais, a Polícia Militar reforça que todas as condutas adotadas durante a ocorrência serão analisadas, e eventuais excessos serão devidamente apurados”, finaliza.
Nota da Abracre
“A ABRACRE vem a público manifestar seu repúdio à ação truculenta da Polícia Militar ocorrida no Bar Tonheiros, localizado no bairro Tucumā.
Domingo, 02 de março, dia do incidente, clientes e funcionários foram surpreendidos por uma abordagem desproporcional e agressiva, gerando medo e insegurança entre os presentes. Ressaltamos que o respeito aos direitos individuais e o cumprimento da lei devem ser pautados pela razoabilidade e pelo uso adequado da força, sem excessos que comprometam a integridade e a dignidade das pessoas.
Os estabelecimentos comerciais, especialmente bares e restaurantes, são espaços de convivência social e geração de empregos, sendo fundamentais para a economia local. Qualquer ação policial deve ocorrer dentro dos princípios da legalidade, da proporcionalidade e do respeito ao cidadão.
Diante do ocorrido, exigem os esclarecimentos das autoridades competentes e providências para que situações como essa não se repitam. Seguiremos atentos e em diálogo com as instituições para garantir a segurança e o respeito aos direitos de empresários, trabalhadores e clientes do setor”.
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