Amapaense compositor do samba-enredo da escola Porto da Pedra, no RJ, celebra destaque no carnaval


Wendel Uchôa foi um dos compositores da música. Composição recebeu 3 notas 10 dos jurados. Amapense foi um dos compositores do samba-enredo de escola do RJ
Divulgação
A Escola de Samba Porto da Pedra, bateu na trave na série Ouro do Carnaval do Rio de Janeiro, a escola ficou em terceiro lugar na apuração que aconteceu nesta quinta-feira (6). O samba-enredo foi um dos destaques da escola, contando com três notas 10 e um 9.9, entre os compositores está o amapaense Wendel Uchôa.
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O Samba-enredo “Vermelho Urukum! O Tigre de Guerra! Não se esconda quando eu voltar, eu sou orgulho e paixão, bem mais que um pavilhão, a força que faz esse povo lutar”, foi escrito em conjunto com: Guga Martins, Passos Júnior, Gustavo Clarão, Cristiano Teles, Cadu Cardoso, Abílio Júnior, Marcelo Moraes, Tangerina, Marquinho Paloma, Leandro Gaúcho e Ailson Picanço.
“Estar entre as três melhores da Série Ouro do Carnaval Carioca, que é vitrine para o mundo é motivo de muito orgulho e reconhecimento pelo trabalho de toda a equipe”, disse Wendel.
Amapense foi um dos compositores do samba-enredo de escola do RJ
Wendel Uchoa/Arquivo Pessoal
O amapaense já tinha participado de vários festivais de samba-enredo no Amapá, mas o primeiro título veio no ano passado, em outubro, na Porto da Pedra.
No desfile desse ano, a escola de Samba relembrou a Fordlândia, cidade operária no Pará, criada para produzir látex para utilizar em peças dos carros da Ford.
Abre-alas da Porto da Pedra
Ronaldo Nina/Riotur
Confira o samba-enredo:
Munduruku
É o Sol que brilha lá no Norte, a nossa voz
Vento que sopra pelo Rio Tapajós
É o som da mata que ecoa na raiz
É o som da mata que ecoa na raiz
Atiro a ponta da minha flecha
Mirando em seu peito, na sua ambição
Meu velho, não esqueça que a floresta
Não se rende feito os donos da nação
Barcaça vai trazer
Os ferros que erguem a cidade arredia
Confundem engrenagem com sabedoria
Ignorando os segredos do lugar
Barcaça vai levar
Meu ouro branco, rasgado em seringais
A esperança é deixada pelo cais
Pra quem um dia queria sonhar
Ê caboclo de bubuia, quero ver! Quero ver!
Quem vai acordar antes do amanhecer?
No ribeirão, vá buscar tracajá!
Não tem capitão se meu povo zangar!
Ê caboclo de bubuia, quero ver! Quero ver!
Quem vai acordar antes do amanhecer?
No ribeirão, vá buscar tracajá!
Não tem capitão se meu povo zangar!
Deixa que o canto já ecoou
Quando toda fumaça dissipou
Eaê aê, nossa luta não dá pra comprar
Eaê aê, Amazônia resistirá
Em cada voz do Juruena
Transformada em poema num antigo ritual
Não temos o tempo dos Pariwá
Borracha nenhuma pode apagar
A nossa história!
A nossa gente!
Meu carnaval!
Vermelho urukum! O tigre de guerra!
Não se esconda quando eu voltar
Eu sou orgulho e paixão
Bem mais que um pavilhão
A força que faz esse povo lutar
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