Ministro das Comunicações admite atrasos, mas reforça meta de conectar todas as escolas públicas até 2026

Em São Luís, Juscelino Filho alegou problemas em atrasos com contratos para obtenção de internet via satélite e também falou sobre a chegada da TV 3.0 no Brasil. Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, durante café da manhã com a imprensa, em São Luís
Kayo Sousa/MCom
O Ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil) assumiu que ocorreram alguns atrasos, mas o governo federal ainda mantém a meta de levar internet banda larga a todas as escolas da rede básica do Maranhão, e do Brasil, até o final de 2026.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Maranhão no WhatsApp
A declaração aconteceu durante um café da manhã com profissionais da imprensa realizado em um hotel na manhã desta segunda-feira (17), em São Luís.
Segundo Juscelino, o atraso aconteceu na realização de alguns contratos, visto que muitas escolas no Maranhão são isoladas, como em comunidades indígenas, e precisam de internet via satélite.
“A gente acredita sim que a gente vai conseguir cumprir essa meta antes de chegar até o final do ano que vem (…). Para boa parte dessas escolas aqui do Maranhão, a solução delas é satelital. São escolas muito distantes, em áreas remotas, regiões rurais… Então teve um atraso na contratação dessas soluções satelitais, mas isso já está sendo resolvido agora, nessas duas semanas. Dentro da ENEC a gente vai estar aprovando a tecnologia satelital… então a gente acredita que logo a gente compensa esse atraso que teve nessa questão”, declarou Juscelino.
Ministério das Comunicações realizou um café da manhã com o ministro Juscelino Filho
Kayo Sousa/MCom
Ao todo, a meta do governo federal é entregar, até o final de 2026, 10.325 escolas públicas da rede básica no Maranhão com acesso a internet de alta velocidade. No momento, segundo o Ministério das Comunicações, há 4.846 escolas conectadas, restando menos de dois anos de mandato do presidente Lula (PT).
No Brasil, a meta é ter 138 mil escolas do ensino básico com internet banda larga. As ações são parte da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), programa que tem como objetivo levar internet de qualidade e melhorar os dispositivos e equipamentos para as escolas públicas de educação básica.
Veja também: Governo anuncia investimento de R$ 8,8 bilhões para conectar todas as escolas públicas até 2026
TV 3.0
No encontro com a imprensa, o ministro também falou sobre as perspectivas para TV 3.0, que promete ser uma revolução na experiência televisiva, com conectividade e interação entre os programas e o público.
O governo federal já concluiu a elaboração do decreto que vai regulamentar a TV 3.0 no Brasil, mas ainda resta a assinatura oficial. A expectativa é que a TV esteja presente em alguns centros urbanos no país, como São Paulo e Rio, entre 2025 e 2026. Ao Maranhão, porém, ainda não há uma data para a chegada da tecnologia.
“Fiz uma sugestão de data até para a agenda do presidente, que é o dia 1, 2 ou 3 de abril agora. Eu vou até o Japão, acompanhando a delegação presidencial. Quando a gente voltar de lá, a gente faz o ato no planalto com o setor da radiodifusão inteira, sobre o decreto, que é um marco importante: A chegada da TV 3.0. Dali a indústria e os sistemas vão começar a implantação. Eu até já brinquei e falei, que na Copa do Mundo a gente já tem a TV 3.0 em alguns centros. A gente não vai ter o Brasil inteiro, mas para o Rio e São Paulo, pode ser que já tenha a TV 3.0 em algumas emissoras”, afirmou o ministro.
Ministério finaliza minuta para regulamentar a TV 3.0
A integração entre televisão e internet, transmissão interativa com o telespectador, imagens mais realistas e áudio de alta qualidade são algumas das características da TV 3.0. Também existe a previsão para recepção do sinal de TV 3.0 por aparelhos de celular.
Veja também: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem, som de cinema e recursos interativos
Com a conectividade com a banda larga, surgem novas oportunidades de negócios. Por exemplo, a navegação deverá ser através de aplicativos, em vez de canais. Isso permite que as emissoras ofereçam mais opções de conteúdos sob demanda integrados com a internet, que incluem jogos e programas, além da oferta de produtos para compras.