Com pneumonia, menina baleada na cabeça durante ataque de facção segue internada em Rio Branco


Maitê Valentina pegou pneumonia na UTI do Hospital da Criança e também precisou tomar remédio para o coração. Segundo a família, quadro de saúde da menina evoluiu do muito grave para o grave. Maitê Valentina foi baleada na cabeça
Arquivo pessoal
Há mais de uma semana, a pequena Maitê Valentina da Costa, de 1 ano e 4 meses, luta pela vida na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital da Criança, em Rio Branco. Ela foi baleada na cabeça durante ataque de criminosos no bairro Santa Inês, em Rio Branco, no último dia 8.
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Segundo a família, Maitê foi diagnosticada com pneumonia adquirida dentro da unidade hospitalar e também precisou tomar remédios para ajudar os batimentos do coração. A menina segue sedada, tem movimentos leves e passou do estado muito grave para o grave.
“Em breve vão desentubar ela. Continua estável e com sinais de melhoras. Vamos continuar em oração pela vida de Maitê Valentina porque para Deus nada é impossível”, diz a mãe, Maria Luiza, em um comunicado divulgado aos familiares.
Maitê levou dois tiros na cabeça, um deles atravessou e saiu e a outro ficou alojada no crânio, segundo Maria Luiza. No último dia 10, a família iniciou uma campanha para arrecadar dinheiro para comprar lenço umedecido, fraldas e produtos de higiene, já que a bebê não tem previsão de alta e os produtos são necessários.
“Entrou no meio para ajudar ela”
A polícia afirmou que o pai de criança baleada era o alvo do ataque, porém, Maria Luiza diz que o marido não tem envolvimento com crime e quase não saía de casa. “A gente estava saindo de casa pra ir pra casa do amigo do meu marido. Íamos assistir televisão, jogar videogame e assistir filme”, afirmou.
Além de Maria Luiza, que segurava o outro filho de três meses no colo, no momento dos tiros estavam ainda a cunhada, o esposo, um adolescente de 14 anos, amigo do marido e Maitê dentro do carrinho.
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“Eu estava bem na beirinha da rua, de frente da rua, na hora que o carro vinha. Eu avistei o carro com o nome Uber e carro freou e parou devagarzinho. Aí foi na hora que abriu a porta e falou ‘perdeu’. Mas ele não atirou nem em mim, nem em minha cunhada, a tia da minha filha. Eu estava com meu outro bebê de três meses no colo dando de mamar”, explicou.
A mãe declarou que quando o carro chegou, o marido tinha colocado a bolsa dela em cima da lixeira e estava inclinado para pegar a Maitê, quando começaram os tiros. “O carro chegou e o pai dela correu. O amigo [adolescente de 14 anos] viu que os tiros iam pegar nela [na Maitê], e ele se meteu no meio. Porque se ele não tivesse se metido no meio, os tiros que ele pegou iam ser todos nela” assegura Maria Luiza.
Ela e o marido prestaram depoimento e a mãe disse não saber o porquê o marido seria um alvo, porém, comentou que ouviu informações de que os atiradores queriam matar qualquer homem que estivesse na rua.
“Ele só atirou pro menino e pro meu marido. Meu marido não ameaça ninguém. É um pai de família, ele vem e vai pra casa. Fiquei sabendo depois que o cara se entregou e falou que era pra acertar os dois homens e que não viu ela no carrinho, mas acredito que foram pessoas que não são do bairro e estavam atirando nas pessoas que estavam no meio da rua”, lamentou.
Vídeo mostra ataques de criminosos em bairros de Rio Branco
Ataques
Dois ataques de criminosos ocorreram na noite do dia 8 de março nos bairros Belo Jardim I e Santa Inês, em Rio Branco. A criança estaria com a mãe e o pai em um carrinho quando os criminosos passaram e atiraram na Travessa Santo Antônio, no bairro Santa Inês.
Cinco pessoas ficaram feridas nos bairros Belo Jardim I e Santa Inês. O primeiro ataque ocorreu na Travessa Pescador, no Belo Jardim I, e três pessoas foram baleadas. Na Travessa Santo Antônio, os criminosos passaram e atiraram em quatro pessoas, sendo um casal, a criança e um adolescente de 14 anos. Veja imagens acima.
Carro que teria sido usado nos ataques foi apreendido no último dia 9
Júnior Andrade/Rede Amazônica Acre
Na manhã de domingo (9), um ex-vigilante foi preso em flagrante suspeito de envolvimento nos ataques. Ele apresentou contradições no depoimento e, segundo a Polícia Militar, tentou esconder o carro no Ramal Itucumã.
Gleisson de Souza Barbosa, de 38 anos, é apontado como motorista do veículo usados nos dois ataques. Ele teve a prisão convertida em preventiva no último dia 10. O caso usado nos crimes também foi apreendido.
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