Polícia descarta participação de pai em assassinato de menina de 7 anos em Rio Largo, AL


Delegada diz que não encontrou indícios da participação dele no crime. Mãe está presa e é a principal suspeita de ter cometido o crime; ela nega. Menina foi morta com golpes de faca em Rio Largo, região metropolitana de Maceió
Arquivo pessoal
A Polícia Civil de Alagoas descartou a participação do pai no assassinato de Laura Maria do Nascimento Braga, de sete anos, morta a facadas dentro de casa no município de Rio Largo, região metropolitana de Maceió. A mãe da menina, Thamiris de Oliveira Braga, de 35 anos, está presa e é a principal suspeita de cometer o crime. Ela nega ter matado a filha.
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A delegada de Homicídios e Repressão ao Narcotráfico de Rio Largo, Rosimeire Vieira, descartou a possibilidade do pai ter participado da ação. As investigações apontam que ele não estava na casa no momento do crime.
” O pai da criança não é suspeito, uma vez que ele estava trabalhando no momento em que a criança foi morta”, afirmou a delegada.
A delegada informou também que um exame toxicológico já foi solicitado, para saber se Thamiris estava sob efeito de drogas no dia em que a filha dela foi assassinada.
“Solicitamos o exame toxicológico e estamos aguardando que ele seja feito pelo Instituto de Criminalística e aguardando a conclusão dos laudos para finalizar esse inquérito nos próximos dias”, disse.
O g1 AL entrou em contato com a Perícia Oficial para saber qual tipo de exame toxicológico será realizado e quanto tempo demora para o resultado sair, mas não obteve respostas.
Laura foi morta com golpes de faca
Thamiris de Oliveira Braga é a principal suspeita de ter cometido o crime. Ela nega o fato.
Arquivo pessoal
Laura foi morta dentro de casa, com golpes de faca, no dia 6 de julho. A advogada de Thamiris, Kyvia Maciel, negou o envolvimento da cliente no crime. Ela informou que a mãe da criança “Não sabe o que aconteceu. Estava deitada na cama e quando viu, a criança já estava ensanguentada. Ela correu, abraçou [a menina] e começou a gritar para os vizinhos ajudarem”.
Laura chegou a ser socorrida e encaminhada até o Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com a equipe médica do local, havia suspeita da menina ter sido estuprada, mas o Instituto Médico Legal (IML) negou que ela foi abusada sexualmente. O exame de necropsia apontou que a menina morreu por choque hemorrágico devido às perfurações nas regiões da cabeça, pescoço e tórax.
Os peritos que estiveram no local do crime encontraram sangue em todos os cômodos da casa, sendo que a maior concentração no banheiro e na cama da menina.
Menina era alegre e comunicativa
O Conselho Tutelar de Rio Largo realizou, há menos de dois meses do assassinato, uma atividade na escola em que a vítima estudava com o tema violência contra a criança. O conselheiro tutelar Marcus Castela afirmou que a menina se destacou durante a atividade por ser comunicativa.
“A gente chamou a Laura para participar conosco desse momento lúdico para explicar para as crianças, na linguagem apropria dada para elas, como se proteger. A gente perguntou ‘Laura, se alguém fizer algum mal a criança, a quem a criança deve recorrer, e a Laura de pronto disse que se algo acontecesse de mal, ela procuraria a mãe, o pai, e se fosse na escola, procuraria alguém da escola’. Então a Laura era realmente uma criança muito comunicativa e mostrava um senso de autodefesa muito forte”, disse Marcus Castela.
Mãe é presa suspeita de assassinar filha de sete anos de idade, em Rio Largo
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