Peritos coletam amostras de água em rio atingido por lama após rompimento de barragem de garimpo ilegal no Amapá


Polícias Civil e Federal abriram inquérito para investigar a causa e os responsáveis pelo dano ambiental. Peritos coletaram as amostras em diferentes áreas do rio Cupixi
Divulgação/Polícia Científica
A Polícia Científica do Amapá informou nesta sexta-feira (14) que realizou a coleta de amostras de água do rio Cupixi, atingido pela lama com rejeitos de mineração de um garimpo no município de Pedra Branca do Amapari na última terça-feira (11). Ribeirinhos de Porto Grande, município vizinho, denunciaram a coloração diferente do rio, que tem ligação com os rios Araguari e Amapari.
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Investigadores da Polícia Civil chegaram até o garimpo e ouviram garimpeiros, que informaram que a mudança nas águas ocorreu pelo rompimento das barreiras de terra feitas para acumular os sedimentos provenientes da atividade garimpeira ilegal.
De acordo com a Defesa Civil do Amapá, que trabalha em conjunto com a prefeitura de Porto Grande, em números preliminares, cerca de 4 mil pessoas estão sendo afetadas pelo dano ambiental.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, a área impactada está localizada no Igarapé Água Preta, que deságua no rio Cupixi e também atinge comunidades às margens do Rio Araguari prejudicando a pesca e o abastecimento de água potável na região.
Rio Cupixi, com lama de garimpo onde barreira se rompeu no Amapá
GTA-AP/Divulgação
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O governo do estado informou que os vestígios serão analisados em laboratórios para a verificação da conduta geradora do estrago ambiental.
“Foram coletadas amostras da água no local para análise químicas e bacteriológicas buscando evidências de contaminação por metais pesados ou outros tipos de materiais empregados na mineração. Com os laudos das amostras da atual situação da água do rio Cupixi, vamos poder subsidiar a investigação da Polícia Civil para chegar aos responsáveis”, explicou Marcos Ferreira, diretor da Polícia Científica.
Garimpo onde barreira se rompeu em Pedra Branca do Amapari, no Amapá
Divulgação/Sejusp
Na quarta-feira (14), a Concessionária de Saneamento do Amapá (CSA) informou que detectou alteração na qualidade da água do rio Amapari e interrompeu a captação na cidade de Porto Grande. A captação em outro local foi acionada para a cidade não sofrer com o desabastecimento de água.
A Polícia Federal também abriu investigação para apurar as causas e identificar os responsáveis pelo crime ambiental.
Ainda na quarta (12), o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para investigar o rompimento da barragem de garimpo ilegal. O órgão informou que o acidente provocou a liberação de rejeitos de minério no rio Cupixi, e pode impactar os rios Araguari e Amapari, ocasionando grave dano ambiental e a contaminação da água e a morte de peixes e mamíferos.
Imagens mostram contaminação de rio por lama de barragem que se rompeu em garimpo no Amapá
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